Apple Car: o que sabemos sobre o projeto cancelado da empresa
Embora a Apple seja reconhecida como uma das empresas mais inventivas e disruptivas do mundo, nem todos os seus projetos se concretizaram. Um exemplo mais conhecido é o Apple Car, o carro elétrico e autónomo desenvolvido pela empresa por dez anos, mas que acabou por ser cancelado no mês passado. Vamos examinar o que sabemos sobre o Apple Car, os seus problemas, os seus objetivos e as suas perspectivas futuras.
Um chip equivalente a quatro
M2 Ultras
O sistema de inteligência artificial do Apple Car, alimentado por um chip personalizado da empresa de Cupertino, foi um dos aspectos mais impressionantes do veículo. Este chip terá a potência comparável a quatro M2 Ultras, de acordo com Mark Gurman da Bloomberg. O M2 Ultra tem 134 bilhões de transistores e tem um CPU de 24 núcleos, um GPU com até 76 núcleos e um motor neural dedicado de 32 núcleos. A geração mais recente de Mac Studio e Mac Pro é alimentada pelo M2 Ultra. O chip do Apple Car poderia lidar com o nível 5 de condução autónoma, que é o mais avançado e difícil, sem intervenção humana.
Uma década de pesquisa e desenvolvimento
Em 2014, Tim Cook liderou o projeto do Apple Car, a empresa experimentou uma variedade de ideias e protótipos ao longo dos últimos dez anos. De acordo com um informação recente, a empresa está em processo de negociação com a Mercedes-Benz, a Ford, a Volkswagen, a McLaren e a Tesla para construir o carro Apple. No entanto, os executivos da Apple reconsideraram o projeto e optaram por uma abordagem menos ambiciosa devido às dificuldades que envolviam a construção de um carro totalmente autónomo que a empresa pretendia. Ainda assim, a construção de um veículo parecia uma tarefa demasiado complicada para a Apple, e a empresa encerrou o projeto Titan no mês anterior, que tinha custo anual para a Apple de aproximadamente 1 bilião de dólares.
O fim do Apple Car ou uma pausa temporária?
Ainda que o projeto tenha sido cancelado, muitos fãs e analistas mantêm a crença de que a Apple não desistiu totalmente da ideia de entrar no mercado automóvel. Alguns dizem que a empresa pode retomar o projeto quando a infraestrutura e a tecnologia estiverem mais maduras, já outros sugerem que a empresa pode desenvolver produtos ou serviços relacionados à mobilidade usando a engenharia e o conhecimento do projeto. Por exemplo, por enquanto a empresa poderia expandir as funcionalidades do seu sistema de integração entre o iPhone e os carros, o CarPlay, ou licenciar o chip de inteligência artificial para outros fabricantes de carros.